O texto foi feito especialmente para ser apresentado durante o 20º Conselheiro Vivo e reúne trechos de peças que Marcelo Drummond fez com José Celso Martinez Corrêa intercalados com depoimentos sobre a vida em comum dos dois
O público do 20º Conselheiro Vivo vai assistir neste final de semana em Quixeramobim a uma declaração de amor em formato de peça de teatro. O ator e dramaturgo Marcelo Drummond e o Teatro Oficina Uzyna Uzona encenam, no sábado (9) e domingo (10), o espetáculo “Paraíso em Obras – conserto de Marcelo Drummond, às 19 horas, na Casa de Antônio Conselheiro, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT-CE) gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). O monólogo é uma homenagem ao diretor, ator e fundador do Teatro Oficina, José Celso Martinez Corrêa, com quem Drummond era casado. Zé Celso morreu em 6 de julho de 2023.
O texto foi feito especialmente para ser apresentado durante o 20º Conselheiro Vivo e reúne trechos de peças que Marcelo Drummond fez com José Celso Martinez Corrêa intercalados com depoimentos sobre a vida em comum dos dois. “Eu nunca fui fã desse teatro de depoimentos, mas eu achei que eu estava precisando fazer alguma coisa com isso, contar isso para os outros para não ficar uma coisa guardada que a gente só trata em sessões de análise. Eu não sei dizer se é uma peça, se é um monólogo ou se é um encontro com as pessoas e eu poder falar do meu trabalho e do que eu vivi com o Zé este tempo todo. Eu acho isso muito forte”.
Marcelo Drummond conta que se emocionou com o convite para participar do 20º Conselheiro Vivo, que teve início no dia 7 e segue até o dia 13 de março em Quixeramobim. “Ir pra Quixeramobim agora, eu achei um presente, um presente me dado pra eu fazer uma coisa nova comigo, em vez de eu me apoiar no que eu já tinha feito, remontar aquilo de alguma forma, ir pra uma coisa nova, falar com as pessoas”.
O espetáculo de Drummond será um novo encontro entre o Teatro Oficina e Quixeramobim. Em 2007, José Celso Martinez Corrêa encenou na cidade a peça “Os Sertões”, peça a partir da obra homônima de Euclides da Cunha. Marcelo Drummond fez o papel de Euclides da Cunha. Foram cinco dias de encenação que movimentaram a terra natal de Antônio Conselheiro e deixou marcas profundas em seus moradores, principalmente, na classe artística local. A partir daí, Zé Celso construiu uma relação afetiva com a cidade. Em 2016, ele retornou para participar exatamente de uma das edições do Conselheiro Vivo.
Falando sobre a relação de Zé Celso com o tema Conselheiro/Canudos, Marcelo Drummond afirma que o companheiro tem em sua trajetória de vida um pouco dos ideais conselheiristas. “O Zé tinha o Conselheiro dele, ele não fazia o papel, mas tinha uma coisa parecida com o Conselheiro, o sonho de uma cidade melhor, em que as pessoas vivam melhor, uma cidade onde as pessoas convivam, isso está na luta do parque aqui em São Paulo”, diz em referência ao sonho de Zé Celso de ver o terreno ao lado do Teatro Oficina Uzyna Uzona, no bairro da Bela Vista, no centro de São Paulo, se tornar o parque do Rio Bixiga. O terreno se transformou em objeto de disputa judicial contra o Grupo Sílvio Santos, proprietário da área, por mais de quatro décadas.
Orientações para o público
O público que quer conferir a peça “Paraíso em Obras – conserto de Marcelo Drummond”, uma homenagem a José Celso Martinez Corrêa, tem que ter atenção a algumas informações: a classificação indicativa do espetáculo é de 16 anos (haverá conferência de documentos); e a entrada será por ordem de chegada e mediante a doação de um quilo de alimento não perecível para ajudar família e projetos sociais atendidos pelos programas Ceará sem Fome do Governo do Estado do Ceará e Mesa Brasil do SESC/Fecomércio.
Durante o 20º Conselheiro Vivo, Marcelo Drummond e o Teatro Oficina Uzyna Uzona receberão ainda a Comenda Antônio Conselheiro, que reconhece o trabalho de pessoas e instituições para a propagação dos ideais de Conselheiro/Canudos.
Outras atrações
Após a apresentação do espetáculo de Marcelo Drummond, haverá show com o cantor e compositor Bião de Canudos, às 21 horas, na Casa de Antônio Conselheiro. Ele apresentará canções em memória de Antônio Conselheiro e da cidade de Canudos. No repertório, ele apresentará a música de sua autoria, “Belo Monte”, que retrata parte da história da resistente Canudos.
O domingo, 10 de março, é dia de programação infantil. Às 17 horas, na Casa de Antônio Conselheiro, as contadoras de histórias Lilian e Valéria narram uma história baseada no livro “Antonino Peregrino”, de Osvaldo Costa (textos) e Luci Sacoleira (imagens).
Às 21 horas, a banda de indi pop “Plutão já foi Planeta”, de Natal, se apresenta no mesmo local. A apresentação em Quixeramobim faz parte da turnê “Em Todo Canto”. A banda é formada por Gustavo Arruda (voz, guitarra, contrabaixo elétrico), Sapulha Campos (voz, guitarra, ukulele, escaleta) e Cyz Mendes (voz)..
No dia 12 de março, às 19 horas, na Casa de Antônio Conselheiro, haverá o lançamento do livro “Relatório da expedição Pedro Wilson a Canudos” e o romance “Sangue não lava a honra”, de Mário Mendes Júnior. Às 21 horas, o músico quixeramobiense David Rabelo tocará as canções do seu disco autoral “Mil Versões”, na Praça da Cultura, no Centro de Quixeramobim.
A noite também terá o show de Luiz Fidelis. O músico caririense possui um repertório de mais de 200 músicas e 25 anos de carreira. Ele é o autor de sucessos do forró como “Flor de Mamulengo”, “Noda de Caju”, e “Meio-dia” e já compôs para vários outros artistas brasileiros como Elba Ramalho, Dominguinhos, Fagner, Quinteto Violado e Frank Aguiar.
No dia 13 de março, último dia da 20ª edição do Conselheiro Vivo, às 20 horas, o músico Azanias Henrique se apresenta na Casa de Antônio Conselheiro.
Assessoria de imprensa:
Viviane Lima – (31) 99459.4883
Deixe um comentário